quarta-feira, 13 de junho de 2012


a beleza não está nas vitrines



Olha o grito
Rasgando o peito do rapaz
No palco com lágrimas nos olhos
E o peito repleto de solicitude fulgaz
Olha a voz
Pintando olhares acesos
Na escuridão da platéia patética
Parte incontornável da sorte
Olha, olha
Apenas olha
Os cabelos negros do homem sério
Atento às palavras
Eletrificadas no ar mofoso do auditório
E as meninas cúmplices
E as emoções no peito dos rapazes

Teu olhar turvo ouviu o que não se vê
Apenas.


Nenhum comentário:

Postar um comentário